sexta-feira, 6 de maio de 2011

O Circo

Quando eu era adolescente, meu pai e eu estávamos na fila para comprar
ingressos para o circo. Finalmente, havia apenas uma família entre nós e o guichê. Essa família me causou uma profunda impressão. Havia oito crianças, provavelmente todas com menos de 12 anos. Podia-se dizer que elas não tinham muito dinheiro. Suas roupas eram baratas, porém limpas. As crianças eram bem comportadas, todas em pé na fila duas a duas de mãos dadas, atrás de seus pais. Falavam animadamente sobre os palhaços, os elefantes e outras coisas que veriam naquela noite. Podia-se perceber que nunca tinham ido ao circo. O programa prometia ser um grande acontecimento em suas vidas jovens. O pai e a mãe iam à frente do grupo, tão orgulhosos quanto poderiam estar. A mãe segurava o braço do marido e olhava para ele, como se dissesse, "Você é meu cavaleiro com uma armadura brilhante". O pai sorria cheio de orgulho e olhava para ela, como se respondesse, "Você tem razão." A vendedora de ingressos perguntou ao pai quantos ele queria. Ele respondeu, "Por favor, quero oito de crianças e dois de adultos para levar a
minha família ao circo". A vendedora disse o preço. A mãe ficou cabisbaixa e largou a mão do marido, que ficou com os lábios trêmulos. Ele perguntou novamente: "Quanto foi que a senhora disse?" A vendedora disse novamente o preço. O homem não tinha dinheiro suficiente. Como poderia dizer a seus oito filhos que não tinha dinheiro suficiente para levá-los ao circo? Vendo o que acontecia, meu pai colocou a mão em seu bolso, pegou uma nota de vinte dólares e a deixou cair no chão. Meu pai se abaixou, pegou a nota, tocou no ombro do homem e disse "Senhor, com licença, isto caiu do seu bolso." O homem entendeu o que estava acontecendo. Não estava pedindo esmolas, mas certamente apreciou a ajuda em uma situação terrivelmente constrangedora. Ele olhou bem nos olhos do meu pai, pegou a sua mão nas suas, apertou com força a nota de vinte dólares e, com os lábios trêmulos e uma
lágrima rolando em seu rosto, respondeu "Obrigado, senhor. Isso significa muito para mim e para a
minha família." Meu pai e eu voltamos para o nosso carro e nos dirigimos para casa. Não fomos ao circo naquela noite, mas valeu a pena.

PENSE NISSO, FAÇA ISSO, SEJA MUITO FELIZ E TENHA UM EXCELENTE DIIIA!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário